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Os mercados accionistas seguem a negociar de novo em ganhos, após os dados da inflação nos Estados Unidos manterem a porta abertas para a Reserva Federal continuar a reduzir as suas taxas de juro.

Os mercados accionistas norte-americanos terminaram o dia de ontem em fortes ganhos, após os dados dos preços terem mostrado uma subida em Dezembro abaixo do estimado pelos mercados. Os preços subiram 0,4% em termos mensais, tal como esperado, mas se excluída a alimentação e a energia subiram apenas 0,2%, recuando dos 0,3% do mês anterior. A inflação anual subiu de 2,7% para 2,9%, como esperado, mas a inflação subjacente abrandou inesperadamente de 3,3% para 3,2%. Os mercados financeiros esperam agora um corte de taxas por parte do Fed para Junho, quando anteriormente esse corte era estimado para Setembro.
As yields obrigacionistas caíram, com os 10 anos, que chegaram a atingir os 4,80% esta semana, a baixarem até 4,60%.
A ajudar o sentimento do mercado estiveram ainda os resultados de quatro dos maiores bancos norte-americanos, JPMorgan, Wells Fargo, Citi e Goldman Sachs, que reportaram o segundo maior lucro anual em 2024.
A combinação perfeita dos fortes números dos nonfarm payrolls com uma inflação melhor do que o estimado e ainda os fortes resultados empresariais impulsionaram o índice Dow Jones para ganhos de 1,65% e o S&P 500 de 1,83%, com o Nasdaq a liderar ao subir 2,45%. O índice de pequenas empresas Russell 2000 ganhou 1,99%.

Os mercados accionistas asiáticos seguiram o caminho de Wall Street terminando o dia também em ganhos.
No Japão os mercados terminaram mistos, com os preços pressionados por um iene um pouco mais forte e pelas expectativas crescentes de um aumento de taxas de juro para a próxima semana. O índice Nikkei avançou 0,32%, enquanto o Topix recuou marginalmente 0,09%.
Na Austrália, o índice ASX 200 ganhou 1,38% e o Kospi, da Coreia do Sul, 1,23%, depois do seu banco central ter mantido inalterada a sua taxa de juro.
Na China, o índice CSI300 avançou 0,14% e o Shanghai Composite 0,32%, enquanto o Hang Seng liderou ao subir 1,23%.
Na Índia, o índice Nifty 50 segue de momento a avançar 0,36%.

Na Europa, os mercados accionistas seguem também globalmente em terreno positivo, enquanto aguardam pela divulgação das minutas da última reunião do Banco Central Europeu.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a avançar 0,63% e o Euro Stoxx 50 1,19%.
Na Alemanha, o índice DAX segue praticamente inalterado (-0,02%), enquanto o CAC 40, de França, sobe 1,67%.
No Reino Unido, o FTSE 100 ganha 0,73%, após dados do PIB abaixo do estimado, assim como a queda na produção industrial, colocam mais perto um corte de taxas de juro por parte do Banco de Inglaterra.

No mercado cambial, a forte queda das yields obrigacionistas, assim como o reajuste das expectativas relativamente aos cortes de taxas de juro da Reserva Federal dos Estados Unidos, levou o dólar a continuar a corrigir dos máximos atingidos ainda esta semana. O índice DXY caiu até um mínimo de 108,40 e o EUR/USD atingiu um máximo de uma semana ao negociar ligeiramente acima de 1,0350. Tom Barkin colocou alguma calma nos mercados, dizendo que apesar da inflação estar a continuar a recuar, as taxas de juro têm de continuar restritivas, levando o dia a terminar com o DXY a negociar a de novo em torno de 109,00 e o EUR/USD abaixo de 1,0300.
O dia de hoje está a começar com o DXY de novo em torno de 109,00 (108,90) e o EUR/USD a continuar a negociar abaixo de 1,0300.
A aproveitar a queda nas yields obrigacionistas e de crescente expectativas de um aumento de taxas de juro por parte do Banco do Japão já para a semana está o iene japonês, que continua a recuperar dos recentes mínimos. O USD/JPY segue a negociar abaixo de 156,00 (de momento a 155,80) e o EUR/JPY perto de 160,00 (160,40).
A libra não aproveitou o reajuste do dólar, recuperando pouco do muito terreno perdido e segue hoje de novo a negociar em torno dos recentes mínimos. O GBP/USD cota a 1,2200 e o EUR/GBP a 0,8440.
Pouco alterado, em ligeiros ganhos, segue também o franco suíço, com o USD/CHF a negociar a 0,9110 e o EUR/CHF a 0,9380.

Ontem, os preços do petróleo negociaram também em fortes ganhos, com a confiança dos investidores a voltar a aparecer, após os dados da inflação e dos bons resultados empresariais, dando esperanças que a procura volte a aumentar.
Ainda a ajudar a impulsionar os mercados petrolíferos esteve também o relatório dos inventários de crude norte-americano da EIA que mostrou uma redução de 2 milhões de barris, face a uma redução esperada de 1 milhão. Os preços ganharam ontem cerca de 3%, com o Brent a atingir os $82,60 por barril e o WTI os $80,75, níveis que não se verificavam desde Julho de 2024.
Os preços seguem de momento a recuar desses máximos, com o Brent a negociar a $81,80 por barril e o WTI a $79,90.


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