Café da Manhã
Em queda

Café da Manhã Em queda

Os mercados accionistas estão a começar esta semana como terminaram a anterior, em queda, com a volatilidade a aumentar, pressionados por yields mais altas, após os dados do emprego nos Estados Unidos.

Os mercados accionistas norte-americanos terminaram o último dia da semana passada em fortes perdas, depois dos dados acima do esperado dos nonfarm payrolls terem impulsionado ainda mais as já elevadas yields obrigacionistas e a colocarem os mercados a afastarem ainda mais o próximo corte de taxas de juro por parte da Reserva Federal. A economia norte-americana adicionou 256 mil novos postos de trabalho, bem acima dos cerca de 155 mil esperados, com a taxa de desemprego a cair inesperadamente de 4,2% para 4,1%.
As expectativas de inflação da Universidade de Michigan divulgadas também na passada sexta-feira revelaram um aumento significativo tanto no curto prazo como no longo prazo. No curto prazo atingiram o nível mais elevado de 2024 subindo de 2,8% para 3,3% e no longo prazo o mais elevado desde 2008, subindo de 3% para 3,3%.
O índice Dow Jones caiu 1,63%, o S&P 500 1,54% e o Nasdaq 1,63%, enquanto o índice de pequenas empresas Russell 2000 liderou as perdas ao cair 2,32%.

Em alta só mesmo o índice de volatilidade VIX que, após ter terminado a semana anterior em torno de 20, começa esta semana acima desse nível.

Na Ásia, os mercados accionistas começaram esta semana a continuar as quedas observadas em Wall Street e nem mesmo os números da balança comercial da China divulgados esta noite, surpreendendo positivamente os mercados, conseguiram inverter o sentimento dos mercados.
Os mercados nipónicos continuaram de fim-de-semana em feriado.
Na Austrália, o índice ASX 200 caiu 1,23% e o Kospi, da Coreia do Sul, 1,04%.
Na China, mesmo com um as exportações a mostrarem um máximo recorde ao dispararem 10,7%, com a balança comercial a mostrar um excedente em Dezembro de 104,8 mil milhões de dólares, após 97,4 mil milhões em Novembro, conseguiram evitar um recuo dos principais índices. O índice CSI300 recuou 0,29%, o Shanghai Composite 0,27% e o Hang Seng, 1,00%.
Na Índia, o índice Nifty 50 segue de momento a perder 1,38%.

Na Europa a semana está também a começar com os preços das acções em terreno negativo, num dia vazio de indicadores económicos.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a perder 0,83% e o Euro Stoxx 50 0,96%.
Na Alemanha, o índice DAX cai 0,74% e o CAC 40, de França, 0,71%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 recua 0,30%.

No mercado cambial o dólar continua a negociar em torno dos recentes máximos, suportado pelos ganhos das yields obrigacionistas. O índice DXY segue a negociar de momento a 109,70 e o EUR/USD a 1,0220.
A aversão ao risco que se sente nos mercados está a levar impulsionar o iene japonês que está a começar a semana em ganhos. O USD/JPY segue de momento a negociar bem abaixo de 158,00 (157,35 de momento) e o EUR/JPY a 160,80.
O franco suíço segue também a negociar em ganhos, suportado pelo seu papel de activo de refúgio. O USD/CHF negocia de momento a 0,9155 e o EUR/CHF a 0,9360.
Em sentido contrário está a negociar a libra, com a aversão ao risco a pressionar ainda mais uma moeda que se encontrava já pressionada por razões de política fiscal. O EUR/GBP segue de momento a negociar acima de 0,8400 (0,8420), em máximos dos últimos dois meses, e o GBP/USD muito perto de 1,2100 (1,2140 de momento), em mínimos de mais de um ano.

O mercado petrolífero está a começar a semana a continuar os ganhos com que terminou a semana anterior, impulsionado pelas recentes e fortes sanções aplicadas pelos Estados Unidos à indústria energética russa.
O Brent está a começar a semana a negociar acima de $81,00 por barril, em torno dos máximos dos últimos cinco meses, tal como o WTI que segue de momento a negociar a $78,00 por barril.


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