Café da Manhã
Bons dados abanam mercados

Café da Manhã Bons dados abanam mercados

Os mercados accionistas tremem com rendimentos obrigacionistas mais altos após os mais recentes indicadores económicos nos Estados Unidos continuarem a mostrar a resiliência da economia norte-americana.

Ontem, os mercados accionistas norte-americanos negociaram em perdas generalizadas, após os dados das vagas de emprego JOLTS e do PMI da actividade de serviços do ISM terem surpreendido positivamente os mercados.
Os dados das vagas de emprego mostraram uma subida de 7,84 milhões de vagas para 8,1 milhões e o ISM PMI subiu de 52,1 para 54,1, bem acima dos 53,5 estimados, com a componente dos preços a disparar de 58,2 para 64,4, levando ao receio de pressões inflacionistas.
As yields obrigacionistas a 10 anos dispararam até um máximo de 4,699%, o nível mais elevados desde Abril e a FedWatch Tool da CME aponta agora para que a Reserva Federal possa manter os actuais níveis de taxas de juro até Junho, mantendo-se depois inalterados até ao final do ano.
O índice Dow Jones recuou 0,42%, o S&P 500 perdeu 1,10% e o Nasdaq liderou as perdas ao cair 1,88%. O índice de pequenas empresas Russell 2000 recuou 0,85%.

Na frente política, Donald Trump reiterou que não descarta qualquer acção económica ou militar para obter o controlo do Canal do Panamá e da Gronelândia. Com a Dinamarca a resistir à sua oferta de aquisição da Gronelândia, Trump ameaçou também, pela primeira vez, impor tarifas à Dinamarca.

Esta noite, na Ásia, os mercados accionistas negociaram mistos, entre ganhos e perdas, pressionados por yields obrigacionistas em alta e suportados por mais indicações do governo na China de suporte ao consumo doméstico.
No Japão, o índice Nikkei terminou a sessão a recuar 0,27% e o Topix 0,59%.
Na Austrália, o índice ASX 200 avançou 0,77%, depois de dados de inflação abaixo do esperado, abrindo a porta à possibilidade de um corte de taxas por parte do seu banco central.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu 1,16%, liderando os ganhos.
Na China, o índice CSI300 e o Hang Seng recuaram 0,18% e 0,86%, respectivamente, enquanto o Shanghai Composite terminou praticamente inalterado (+0,02%).
Na Índia, o índice Nifty 50 segue a recuar 0,15%.

Na Europa, as acções estão também a começar o dia sem uma direcção bem definida, após mais dados abaixo do esperado da economia alemã.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a avançar 0,31% e o Euro Stoxx 50 0,19%.
Na Alemanha, o índice DAX avança 0,29%, enquanto o CAC 40, de França segue inalterado.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 avança marginalmente 0,15%.

No mercado cambial, a subida das yields obrigacionistas levou de novo suporte ao dólar, com o índice DXY a voltar a negociar perto de 109,00 (de momento a 108,75). O EUR/USD caiu dos recentes máximos acima de 1,0400 para seguir de novo a negociar em torno de 1,0300 (de momento a 1,0315).
A libra segue pouco alterada, recuando face ao dólar, com o GBP/USD a negociar de momento a 1,2445 e avançando ligeiramente face ao euro, com o EUR/GBP a negociar a 0,8285.
O iene continua a negociar em torno dos recentes mínimos, com o USD/JPY acima de 158,00 e o EUR/JPY a recuar dos recentes máximos, negociando de momento a 163,20.
O franco suíço continua pressionado, após os dados da inflação abaixo do esperado divulgados esta semana. O USD/CHF segue de momento a negociar a 0,9120 e o EUR/CHF a 0,9410.

Os preços do petróleo voltaram ontem a negociar em alta, após relatórios que mostraram uma produção russa abaixo da meta da OPEP. Os fortes dados da economia norte-americana ajudaram também a suportar os preços, assim como o relatório dos inventários semanais do API que mostraram uma redução de 4 milhões de barris, bem acima dos 250 mil esperados.
Os preços continuam hoje a negociar em alta, com o Brent a negociar a $77,65 por barril e o WTI a $75,00.


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