Café da Manhã
Cautelosamente

Café da Manhã Cautelosamente

Os mercados financeiros começam a semana de forma cautelosa, depois de um fim-de-semana tenso entre a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria e as tentativas de afastamento de Yoon Suk Yeol na Coreia.

A incerteza política é a principal preocupação dos investidores, com a Coreia a enfrentar uma prolongada paralisação política, enquanto os deputados pressionam o Presidente Yoon Suk Yeol a demitir-se. No Médio Oriente, a queda do regime de Bashar al-Assad deixou um vazio de poder, agitando ainda mais uma zona já de si instável.

Na passada sexta-feira, os mercados accionistas norte-americanos terminaram a sessão entre ganhos e perdas, depois de números mistos do mercado de trabalho.
A economia norte-americana criou 227 mil novos postos de trabalho, depois dos fracos números do mês anterior que foram revistos em alta para 36 mil, enquanto a taxa de desemprego subiu de 4,1% para 4,2%. Posteriormente, a confiança do consumidor da Universidade de Michigan mostrou estar num máximo dos últimos meses, subindo de 71,8 para 74.
O índice Dow Jones recuou 0,28%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq terminaram em novos máximos recorde ao subirem 0,25% e 0,81%, respectivamente.

Esta semana, na Ásia, os mercados terminaram a primeira sessão da semana também entre ganhos e perdas.
No Japão, o índice Nikkei avançou 0,22% e o Topix 0,27%.
Na Austrália, o índice ASX 200 terminou a sessão praticamente inalterado (+0,02%), enquanto as incertezas políticas na Coreia do Sul levaram o índice Kospi a perder 2,78%.
Na China, a inflação desceu no mês passado, indicando que as iniciativas governamentais não foram suficientes para promover a procura doméstica. O índice CSI300 recuou 0,14% e o Shanghai Composite 0,04%. Entretanto, na reunião do Politburo, que antecede a Conferência Anual de Trabalho Económico Central, que terá início na quarta-feira, os responsáveis políticos mudaram a sua posição de política monetária sugerindo mais flexibilização no futuro próximo. Segundo uma leitura oficial da reunião de responsáveis do Partido Comunista, a China vai adoptar uma política monetária “moderadamente facilitista”, pretendendo estabilizar os mercados bolsistas e imobiliários e deverá impulsionar "vigorosamente" o consumo e expandir a procura interna "em todas as direcções", disse a agência noticiosa chinesa Xinhua citando o Politburo. O índice Hang Seng ganhou no final da sessão e terminou a ganhar 2,76%.
Na Índia, o índice Nifty 50 segue de momento a recuar 0,17%.

Na Europa, os mercados accionistas estão a começar o primeiro dia da semana em terreno positivo.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a avançar 0,15% e o Euro Stoxx 50 0,18%.
Na Alemanha, o índice DAX avança marginalmente 0,07% e o CAC 40, de França, 0,46%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 avança 0,33%.

No mercado cambial a semana está a começar com o dólar a negociar em torno dos recentes mínimos, com o índice DXY a negociar abaixo de 106,00 (105,90 de momento).
O euro está a começar a semana a continuar a recuperar dos mínimos do ano, com o EUR/USD a negociar de momento a 1,0570.
Também a libra negocia neste início de semana em ganhos, com o GBP/USD a cotar mais perto de 1,2800 (1,2775) e o EUR/GBP em torno dos recentes mínimos a 0,8275.
O iene japonês segue pouco alterado dos recentes níveis, com o USD/JPY a negociar a 150,40 e o EUR/JPY a 159,00. O mesmo sucede com o franco suíço, com o USD/CHF a negociar a 0,8800 e o EUR/CHF a 0,9300.
A recuperar das fortes perdas registadas na semana passada está o dólar australiano, com o AUD/USD a negociar a 0,6450 e o EUR/AUD a 1,6400, após um mínimo do primeiro a 0,6372 e um máximo do segundo a 1,6564.

Os preços do petróleo estão a começar a semana a recuperar dos mínimos da semana passada, impulsionados pelos acontecimentos na Síria que poderão comprometer a oferta.
O Brent segue de momento a negociar a $71,85 por barril e o WTI a $68,00.


O que pensa sobre este tema?