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Os mercados accionistas começaram o mês de Dezembro positivos, apesar de mais ameaças de tarifas por parte de Donald Trump e de tensões a aumentarem no Médio Oriente e em França.

No Médio Oriente, as forças rebeldes capturaram durante o fim de semana grande parte da capital síria, Alepo, provocando novas tensões na região. O Presidente al-Assad prometeu repor a ordem “com a ajuda de amigos e aliados”, o que sugere que o regime aguarda o apoio da Rússia, do Irão e do Hezbollah para recuperar o controlo. Segundo a Bloomberg, a aliança rebelde é constituída por Hayat Tahrir al-Sham, outrora ligado à Al Queda, e por vários grupos apoiados pela Turquia.

A política francesa é mais uma vez motivo de preocupação. Le Pen disse no fim de semana que o primeiro-ministro Michel Barnier precisa de alterar o orçamento até ao dia de hoje para algumas das exigências do RN ou então faça com que o Rassemblement National apoie uma moção de censura. O ministro das Finanças, Armand, respondeu numa entrevista à Bloomberg esta noite, a dizer que o Governo não será chantageado e não aceitará ultimatos.

O presidente eleito Donald Trump ameaçou os países do BRICS com tarifas de 100%, caso o grupo continue a trabalhar numa alternativa global ao dólar norte-americano. Trump exige um compromisso dos países de não criarem uma nova moeda, nem apoiarem qualquer outra moeda para substituir “o poderoso dólar americano”.

Na passada sexta-feira, os mercados accionistas norte-americanos terminaram uma meia-sessão em ganhos, entre yields obrigacionistas a continuarem a recuar.
O índice Dow Jones e o S&P 500 fecharam o mês de Novembro em novos máximos históricos, com o primeiro a subir 0,42% e o segundo 0,56%. O índice Nasdaq ganhou 0,83%, liderando os ganhos diários.

Na Ásia, os mercados accionistas começaram o mês de Dezembro em alta, depois de dados da actividade industrial na China terem continuado a recuperar.
No Japão, o índice Nikkei ganhou 0,92% e o Topix 1,27%.
Na Austrália, o índice ASX 200 avançou 0,14% e o Kospi, da Coreia do Sul, 0,17%.
Na China, o índice CSI300 ganhou 0,79%, o Shanghai Composite 1,13% e o Hang Seng 0,65%.
Na Índia, o índice Nifty 50 segue de momento a avançar 0,61%.

Os mercados accionistas europeus estão a começar o primeiro dia da semana e do mês de Dezembro em perdas ligeiras, com a confiança dos investidores pressionada pelos acontecimentos em França.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento praticamente inalterado (-0,06%) e o Euro Stoxx 50 a perder 0,52%.
Na Alemanha, o índice Dax segue pouco alterado (-0,03%) e o CAC 40, de França, cai 0,91%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 segue também praticamente inalterado (-0,02%).

O mercado cambial está a começar o mês com o dólar a recuperar do fecho do mês anterior, com o índice DXY a voltar a negociar acima de 106,00 (106,30).
O euro segue pressionado, com os mercados atentos à situação em França e o EUR/USD segue de momento em torno de 1,0500, após o fecho do mês em torno de 1,0600.
A libra começa o mês a registar alguns ganhos, principalmente face ao euro. O GBP/USD segue a negociar em torno de 1,2700 e o EUR/GBP em torno de mínimos do ano a 0,8280.
O iene japonês continua a negociar em torno dos recentes máximos, com as expectativas do mercado cada vez mais confiantes de um aumento de taxas este mês por parte do Banco do Japão. O USD/JPY segue de momento a negociar a 150,30 e o EUR/JPY a 158,00.
O franco suíço segue pouco alterado, com o USD/CHF a negociar a 0,8860 e o EUR/CHF a 0,9310.

Os preços do petróleo estão a começar o mês de Dezembro a recuperar dos níeis de fecho do mês passado, impulsionados novamente pelo aumento de tensões no Médio Oriente, desta vez em torno dos acontecimentos na Síria.
O Brent segue de momento a negociar a $72,55 por barril e o WTI a $68,70.


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