A semana que começa
Inflação

A semana que começa Inflação

Numa semana de feriado do Dia de Acção de Graças nos Estados Unidos e de Black Friday, os mercados irão estar atentos aos dados da inflação na Zona Euro e da medida preferida do Fed para a inflação.

Irá ser uma semana bastante mais curta nos Estados Unidos já que o feriado de quinta-feira de Thanks Giving Day seguido de uma Black Friday com os mercados a meio gás deixará apenas três dias para uma normal negociação.

Os mercados irão estar especialmente atentos aos dados da inflação tanto na Zona Euro como nos Estados Unidos. As últimas reuniões de ambos os bancos centrais da Zona Euro e dos Estados Unidos aproximam-se a passos largos e estes dados poderão ajudar a decidir o último movimento deste ano de ambos os bancos centrais.
Uma aceleração no Core PCE Price Index poderá colocar os mercados na expectativa de que a Reserva Federal possa interromper em Dezembro o seu ciclo de corte de taxas. Já, por outro lado, um abrandamento dos preços na Zona Euro poderá colocar cada vez mais perto uma aceleração no ritmo de corte de taxas de juro por parte do Banco Central Europeu, levando a um aumento das expectativas para um corte de 50 pontos base, na última reunião do ano.



Dados Económicos



Estados Unidos da América
Numa semana curta com o feriado do Dia de Acção de Graças na quinta-feira, os indicadores económicos irão estar concentrados na terça e quarta-feira, mas nem por isso será uma semana desinteressante.
As atenções estarão voltadas para a divulgação da medida preferida do Fed para a inflação, o Core PCE price Index, na quarta-feira, e não como habitualmente à quinta-feira devido ao referido feriado. Os mercados estão à espera de um aumento mensal de 0,3% em Outubro, em linha com o mês anterior, com a medida anual a também a manter-se inalterada nos 2,7%. O índice de preços PCE deverá mostrar um aumento mensal de 0,2%, também em linha com o mês anterior, e em termos anuais a aumentar de 2,1% para 2,2%.
Os gastos pessoais deverão mostrar um ligeiro abrandamento de 0,5% para 0,4%, enquanto o rendimento pessoal deverá continuar a aumentar ao ritmo do mês anterior de 0,3%.
Mas há bastante mais indicadores relevantes esta semana.
No mercado imobiliário teremos o índice de preços das casas da S&P/Case-Shiller onde as estimativas apontam para que desacelere dos 5,2% do mês anterior, para 4,5%. As vendas de casas novas de Outubro, segundo as estimativas, deverão cair de 738 mil para 724 mil e as vendas pendentes de casas deverão mostrar uma queda de 4,1%, após o aumento de 7,4% no mês passado.
O índice de confiança do consumidor da Conference Board deverá mostrar um aumento de 108,7 para 112,0.
Iremos ter os números das encomendas de bens duradouros, onde as estimativas apontam para um aumento de 0,1%, depois da queda de 0,7% em Setembro. Sem as encomendas de transportes deverão desacelerar dos 0,5% do mês anterior.
Iremos ter os números da segunda estimativa do PIB onde se espera que confirme o crescimento de 2,8% da leitura inicial.
O número semanal de novos pedidos de subsídio de desemprego deverá mostrar um aumento dos 213 mil da semana passada para 220 mil.
O índice manufactureiro de Richmond deverá mostrar uma recuperação de -14 para -10 e o Chicago PMI subir de 41,6 para 44,9.
O défice da balança comercial de bens em Outubro deverá mostrar uma redução dos 108,2 mil milhões de dólares do mês anterior, para 100 mil milhões.
Teremos ainda a divulgação dos números preliminares dos inventários grossistas, onde as estimativas apontam para uma redução de 0,1%, após a redução de 0,2% no mês anterior.

Zona Euro
As atenções irão estar colocadas na divulgação dos dados da inflação que irão ser divulgados no último dia da semana.
As previsões apontam para que os preços em termos mensais mostrem uma queda em Novembro de 0,3%, com a inflação anual a subir de 2% para 2,4%. A inflação subjacente deverá subir de 2,7% para 3%.
Até lá o mercado irá receber as leituras regionais. Em Espanha a inflação anual deverá subir de 1,8% para 2,1%, na Alemanha manter-se nos 2%, em França nos 1,2% e Itália um aumento de 0,9% para 1,2%.
Na Alemanha, logo no início da semana, iremos ter a divulgação do índice de confiança empresarial IFO, onde as estimativas apontam para uma ligeira queda de 86,5 para 86,1. Iremos ter também o índice de confiança do consumidor da GfK que, segundo as estimativas, deverá registar uma queda de -18,3 para -18,8. A taxa de desemprego de Novembro deverá manter-se nos 6,1%. Teremos ainda a divulgação dos números das vendas a retalho onde as previsões apontam para uma queda de 0,5%, após o aumento de 1,2% no mês anterior.

Reino Unido
Uma semana bastante tranquila pela frente, com a divulgação dos números da aprovação de hipotecas que deverão conhecer uma ligeira queda de 66 mil para 65 mil e os dos empréstimos líquidos a particulares que deverão mostrar um aumento de 3,8 mil milhões de libras, para 4,1 mil milhões.

Canadá
As atenções irão estar nos números do PIB do terceiro trimestre que os mercados em termos anuais estimam de 1%, após os 2,1% no segundo trimestre. Em termos trimestrais as previsões são para um crescimento de 0,4%, abrandando dos 0,5% do trimestre anterior. O PIB mensal de Setembro deverá mostrar um crescimento de 0,3%, após uma estagnação verificada no mês anterior.
Teremos também os números da conta-corrente, onde as previsões apontam para um défice de 8,6 mil milhões de dólares canadianos, ligeiramente acima dos 8,5 mil milhões do trimestre anterior.

Suíça
As atenções irão estar também nos números do PIB do terceiro trimestre, onde as estimativas apontam para um crescimento trimestral de 0,5%, desacelerando dos 0,7% do trimestre anterior, onde em termos anuais deverá cair de 1,8% para 1,1%. O barómetro económico KOF, segundo as estimativas, deverá subir de 99,5 para 100,1.

China
Esta semana é de dados da actividade económica privada. Os PMI oficiais serão divulgados já com os mercados encerrados, nas primeiras horas do próximo fim-de-semana.
O PMI manufactureiro, segundo as estimativas, deverá mostrar uma subida de 50,1 para 50,3 e o de serviços manter-se estável nos 50,2, ambos em expansão.

Japão
Iremos ter um conjunto interessante de indicadores económicos, com as atenções a começarem por recair nos dados da inflação de Tóquio. Segundo as previsões, a inflação subjacente, sem alimentos frescos, deverá aumentar de 1,8% para 2%, com a inflação total a subir de 1,8% para 1,9%.
Iremos ter a taxa de desemprego que deverá mostrar uma subida de 2,4% para 2,5%. Teremos a divulgação dos números preliminares da produção industrial que deverão mostrar uma aceleração dos 1,6% em Setembro, para 3,8% em Outubro.
Os números das vendas a retalho deverão mostrar um aumento em termos anuais de 0,7% para 2,1%.
O índice de confiança do consumidor de Novembro deverá mostrar um ligeiro aumento de 36,2 para 36,4.
Por fim teremos os dados do início de construção de casas de Outubro que deverão mostrar uma queda de 2%, acelerando a queda de 0,6% em Setembro.

Nova Zelândia
A semana começa com a divulgação dos números das vendas a retalho do terceiro trimestre que, segundo as estimativas, deverão mostrar um aumento de 0,6% em termos trimestrais, após a queda de 1,2% no trimestre passado. Em termos anuais deverão mostrar um aumento de 2%, recuperando parte da queda de 3,6% no trimestre anterior. Sem gasolina nem automóveis, as vendas em termos trimestrais deverão mostrar uma queda de 0,3%, desacelerando da queda de 1% do trimestre anterior.
Teremos também a divulgação dos números da balança comercial de Outubro, onde o défice de 2108 milhões de dólares neozelandeses do mês anterior deverá baixar para 1760 milhões de dólares neozelandeses.
Iremos ter ainda o índice de confiança empresarial do ANZ que deverá mostrar uma ligeira subida de 65,7 para 66.

Austrália
As atenções por aqui irão estar especialmente nos números da inflação do mês de Outubro que, segundo as previsões, deverão mostrar uma aceleração em termos anuais de 2,1% para 2,4%.
Teremos também os números trimestrais da produção em construção que deverão mostrar um aumento de 0,5%, acelerando dos 0,1% do segundo trimestre.


Bancos Centrais



The Reserve Bank of New Zealand
Depois da redução de 50 pontos base em Outubro, trazendo a sua taxa de juro de 5,25% para 4,75%, os mercados esperam por nova redução este mês da mesma amplitude, com a sua taxa a cair para os 4,25%.

The People's Bank of China
O Banco Popular da China deverá anunciar logo no início desta semana que a sua taxa de empréstimo de médio prazo se deverá manter nos 2,0%.


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