Café da Manhã
Yields pressionam acções

Café da Manhã Yields pressionam acções

Os mercados accionistas voltam a estar pressionados pela subida das yields obrigacionistas, que começaram a semana em alta.

As yields norte-americanas terminaram o dia de ontem com os dois anos de novo acima dos 4% e os 10 anos nos 4,20%, recuperando das fortes perdas de Setembro, onde as yields chegaram aos 3,60%.
Depois dos fortes dados do mercado de trabalho, da inflação a cair menos do que o esperado e das sólidas vendas a retalho, não terem mostrado a necessidade do Fed para manter um ritmo acelerado de corte de taxas, as atenções voltaram-se para os próximos eventos como a reunião do Fed a 7 de Novembro e para as eleições de 5 de Novembro. Ambos os candidatos continuam empatados nas sondagens, com os mercados a prepararem-se especialmente para o resultado potencialmente mais disruptivo, que seria uma vitória de Donald Trump.

Os mercados accionistas norte-americanos terminaram ontem o primeiro dia da semana de uma maneira geral em perdas, pressionados pela continuação da subida das yields obrigacionistas e com as palavras de membros do FOMC que apontam para um ritmo mais lento de cortes de taxas de juro nos Estados Unidos. Depois de há um mês os mercados darem como certo um corte de 25 pontos base e cerca de 50% de probabilidade para um de 50 pontos base, a FedWatch Tool da CME mostra agora uma probabilidade de 87% para uma redução de 25 pontos base e 13% para que as taxas se mantenham inalteradas, na próxima reunião de 7 de Novembro.
O índice Dow Jones terminou a sessão a perder 0,80% e o S&P 500 0,18%, enquanto o Nasdaq avançou 0,27%.

Os mercados accionistas asiáticos, com excepção da China, seguiram o caminho deixado por Wall Street.
No Japão, o índice Nikkei terminou a sessão de hoje a perder 1,60% e o Topix 1,06%.
Na Austrália, o índice ASX 200 caiu 1,66%, liderando as perdas, e na Coreia do Sul o índice Kospi terminou inalterado.
Na Índia, o índice Nifty 50 segue de momento a perder 0,71%.
Na China, os mercados negociaram em terreno positivo, com o CSI300 a avançar 0,55%, o Shanghai Composite 0,52% e o Hang Seng, de Hong Kong a ficar inalterado.

Na Europa, os mercados accionistas estão a começar o dia uma vez mais sem uma direcção bem definida.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a recuar 0,18%, enquanto o Euro Stoxx 50 avança 0,30%.
Na Alemanha, o índice DAX ganha 0,48%, enquanto em França, o CAC 40 recua 0,13%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 perde 0,39%.

No mercado cambial, o abrandamento das expectativas de cortes de taxas de juro e a subida das yields obrigacionistas continuam a impulsionar o dólar que segue de novo em ganhos. O índice DXY segue a negociar a 103,70 e testa a resistência dada pela média móvel dos 200 dias, enquanto o EUR/USD voltou ontem a testar o mínimo da semana passada a 1,0811, seguindo de momento a negociar a 1,0830.
A libra regista um ligeiro recuo dos níveis com que iniciou a semana, com o GBP/USD a negociar em torno de 1,3000 e o EUR/GBP a manter-se nos 0,8330.
O iene continua a deslizar, com o USD/JPY a registar um novo máximo acima de 151,00, seguindo de momento ligeiramente abaixo do mesmo, a 150,90, e o EUR/JPY a 163,50.
Já o franco suíço regista ganhos ligeiros, com o USD/CHF a manter-se em torno de 0,8650 e o EUR/CHF a cair para 0,9370.

Os preços do petróleo voltaram ontem a ganhar, impulsionados por uma nova escalada do conflito no Líbano, que continua a ameaçar a possibilidade de um alargamento do conflito e potencialmente provocar uma interrupção na distribuição de crude.
Os preços estão a começar o dia de hoje a estabilizar em torno dos níveis de fecho do dia de ontem, com Anthony Blinken de novo em Israel a tentar chegar a um cessar-fogo em Gaza.
O Brent segue de momento a negociar $73,80 por barril e o do WTI a $69,60.


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