Amanhã destacamos
Banco Central Europeu

Amanhã destacamos Banco Central Europeu

Como não podia deixar de ser, o destaque desta quinta-feira vai para a reunião do Banco Central Europeu, onde o mercado está a contar com uma nova redução nos custos dos juros.

Depois dos dados de actividade económica terem continuado a mostrar contracção, dos dados do PIB mostrarem um crescimento económico muito débil e com os da inflação a irem no caminho da meta do banco central, o consenso do mercado aponta para que o Banco Central Europeu volte a cortar novamente as suas taxas de juro na reunião desta quinta-feira, com a taxa de depósitos a cair de 3,50% para 3,25%.
A grande maioria dos membros do Conselho de Governadores do BCE mostraram abertura para esse corte, mesmo os reconhecidos hawks como Joachim Nagel ou Isabel Schnabel, mas ainda assim não é de excluir uma qualquer surpresa.
Dando como certo o tal corte de taxas de juro, o foco irá estar de novo nas observações de Christine Lagarde e especialmente na sessão de perguntas e respostas da Conferência de Imprensa que se seguirá à decisão, onde o mercado irá tentar obter qualquer pista relativamente às próximas reuniões.

Esta noite as atenções começam por ir para os dados do emprego na Austrália, onde as estimativas apontam para que a economia australiana tenha criado 25,2 mil novos empregos em Setembro, recuando dos 47,5 mil no mês de Agosto. Depois da queda de 3,1 mil empregos a tempo inteiro no mês anterior, espera-se agora um aumento de 15 mil, enquanto os empregos em part-time deverão cair dos 50,6 mil do mês anterior, para 7 mil. A taxa de desemprego deverá manter-se nos 4,2%, com a taxa de participação a cair de 67,1% para 66,9%.

Pela manhã, na Suíça, iremos ter os números da balança comercial de Setembro, com as previsões a apontarem para um excedente de 1,8 mil milhões de francos suíços, recuando dos 3,9 mil milhões do mês anterior.
Na Zona Euro os números da balança comercial de Agosto deverão mostrar um excedente de 17,8 mil milhões de euros, acima dos 15,5 mil milhões do mês de Julho.
Em Itália, os números da balança comercial de Agosto, segundo as estimativas, deverão mostrar um excedente de 5,55 mil milhões de euros, caindo dos 6,74 mil milhões do mês anterior.
Teremos ainda os dados finais da inflação na Zona Euro, onde não se espera qualquer desvio dos números preliminares.

À tarde, nos Estados Unidos, os mercados irão ter um dia bastante preenchido, onde se destacam os dados das vendas a retalho e os dos novos pedidos de subsídio de desemprego.
As previsões apontam para que as vendas a retalho em Setembro tenham aumentado 0,3% depois do aumento de 0,1% no mês anterior. Excluindo as vendas automóveis, as vendas deverão manter o mesmo ritmo de aumento do mês anterior de 0,1%.
Os pedidos de subsídio de desemprego apanharam os mercados de surpresa na semana passada ao aumentarem para 258 mil. O mercado espera esta semana que esse número baixe para os 241 mil.
Ainda teremos a divulgação do índice manufactureiro do Fed de Filadélfia, com as estimativas a apontarem para uma subida de 1,7 para 4,2; A produção industrial de Setembro que deverá mostrar uma redução de 0,1%, após um crescimento de 0,8% no mês anterior; Os inventários empresariais em Agosto deverão ter aumentado 0,3%, desacelerando do aumento de 0,4% em Julho; E finalmente, o índice de mercado imobiliário NAHB deverá mostrar uma subida de 41 para 43.

Teremos ainda a oportunidade de ouvir Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, que irá abrir o evento “Explorando percursos de carreira”, em Chicago.

A época de resultados continua e nesta quinta-feira teremos mais alguns pesos pesados a apresentar resultados, como será o caso da Netflix e da Blackstone.


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