Café da Manhã
Em terreno negativo

Café da Manhã Em terreno negativo

Resultados abaixo do esperado, tensões geopolíticas e promessas de mais tarifas estão a abalar a confiança dos investidores e a levar os mercados a afastarem-se de activos de risco.

Médio Oriente, Ucrânia, Taiwan, Coreia, tudo se junto em mais tensões geopolíticas que continuam a minar a confiança dos investidores em geral. Ainda assim os mercados financeiros têm vindo a negociar em modo de risco, mas quando a isto se juntam promessas de mais tarifas (Donald Trump se for eleito presidente dos Estados Unidos) e de proibição de exportações (microchips de última geração para a China), entre outros “proteccionismos” a confiança termina mais abalada.

Os mercados accionistas norte-americanos terminaram a sessão de ontem a recuar dos máximos recorde registados na sessão do dia anterior.
O sector tecnológico voltou a pressionar a confiança dos investidores. A holandesa ASML com fracas encomendas e previsões de vendas abaixo do esperado, em conjunto com rumores que os Estados Unidos poderiam limitar as vendas de semicondutores de última geração à China, levou o sector para perdas.
O índice Dow Jones terminou a sessão a recuar 0,75%, o S&P 500 0,76% e o Nasdaq 0,98%.

Esta noite, na Ásia, os mercados accionistas negociaram na sua maioria também em perdas, com o sector tecnológico a pressionar o sentimento dos investidores.
No Japão, o índice Nikkei terminou a sessão de hoje a perder 1,87%, liderando as perdas, enquanto o Topix caiu 1,21%.
Na Austrália, o índice ASX 200 recuou 0,41% e o Kospi, da Coreia do Sul, 0,88%.
Na China, o índice CSI 300 recuou 0,64%, enquanto o Shanghai Composite ficou praticamente inalterado (+0,09%) e o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,27%.
Na Índia, o índice Nifty 50 segue de momento a recuar 0,25%.

Os mercados accionistas europeus estão também a começar o dia em terreno negativo, com excepção da praça de Londres.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a recuar 0,24% e o Euro Stoxx 50 0,64%.
Na Alemanha, o índice DAX recua 0,29% e o CAC 40, de França, 0,65%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 avança 0,79%, depois de dados da inflação abaixo do esperado, abrindo a possibilidade de um corte de taxas de juro por parte do Banco de Inglaterra na próxima reunião de 7 de Novembro.

No mercado cambial o dólar continua a negociar em alta, com o DXY a cotar acima de 103,00 e o EUR/USD abaixo de 1,0900.
A libra negocia em perdas, depois da inflação ter caído mais do que o esperado, de 2,2% para 1,7% (face a 1,9% esperados) na primeira leitura abaixo de 2% desde Abril de 2021, abrindo a porta a mais um corte de taxas por parte do Banco de Inglaterra. O GBP/USD segue de momento a negociar ligeiramente abaixo de 1,3000, um mínimo de quase dois meses, e o EUR/GBP a 0,8375.
O iene continua a serpentear em torno dos recentes mínimos, com o USD/JPY a negociar de momento a 149,50 e o EUR/JPY a 162,60.
O franco suíço continua também a negociar em torno dos recentes mínimos, com o USD/CHF a cotar de momento a 0,8630 e o EUR/CHF a 0,9390.

Os mercados petrolíferos registaram durante o dia de ontem fortes perdas, depois de notícias que afastavam Israel de um ataque a infra-estruturas energéticas iranianas e ainda com a OPEP e a Agência Internacional de Energia a reduzirem as suas previsões de procura global de petróleo, principalmente devido à fragilidade económica da China.
Depois do mínimo de ontem do Brent a $73,35 por barril e o do WTI a $69,75, os preços seguem de momento a negociar a $74,30 e $70,65, respectivamente.


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