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A volatilidade continua reduzida nos mercados accionistas e no mercado cambial, enquanto os preços do petróleo continuam impulsionados por tensões geopolíticas e uma procura mais reduzida.

Ontem, os mercados accionistas norte-americanos começaram a semana a negociar em ganhos, em dia de feriado, com os mercados de obrigações encerrados. Numa semana onde a época de resultados do terceiro trimestre segue em grande, os principais índices de Wall Street terminaram em ganhos consideráveis, com o índice Dow Jones e o S&P 500 a terminarem em novos máximos recorde.
Isto, mesmo com os governadores do Fed Waller e Kashkari a apelarem por mais cautela nos cortes de taxas de juro nos Estados Unidos, com o primeiro a dizer que a economia norte-americana está numa situação ideal e que a função do Fed é mantê-la nessa situação, uma vez que o mercado de trabalho continua saudável e a inflação está a regressar à meta de 2%.
O índice Dow Jones ganhou 0,47% e terminou pela primeira vez a sessão acima de 43.000 pontos. O índice S&P 500 ganhou 0,77% e o Nasdaq 0,87%.

Os mercados accionistas asiáticos, com excepção da China, negociaram de uma forma geral positivos, seguindo o caminho deixado por Wall Street.
Os mercados chineses continuam a corrigir os fortes ganhos anteriores, com os investidores a não terem os detalhes dos estímulos anteriormente anunciados. Os principais índices voltaram a negociar em perdas com o CSI300 a cair 2,59%, o Shanghai Composite 2,43% e o Hang Seng, de Hong Kong, liderou as perdas, caindo 3,74%.
No Japão, os mercados voltaram de um fim-de-semana prolongado, com os índices a negociarem em ganhos. O Nikkei ganhou 0,87% e o Topix 0,64%.
Na Austrália, o índice ASX 200 avançou 0,79% e o Kospi, da Coreia do Sul, 0,38%.

a Europa está a começar o dia com as acções a negociarem sem uma direcção bem definida, enquanto os mercados aguardam pelo indicador de confiança económica ZEW.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a avançar marginalmente 0,18%, enquanto o Euro Stoxx 50 está praticamente inalterado (+0,03%).
Na Alemanha, o índice DAX ganha 0,61%, enquanto em França o CAC 40 perde 0,40%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 recua 0,27%, depois de dados mistos do mercado de trabalho.

No mercado cambial o dólar continua a negociar em ganhos, com o índice DXY a seguir de momento em torno de 103,00 e o EUR/USD abaixo de 1,0900, pela primeira vez em mais de dois meses.
A libra segue de momento a negociar em ganhos depois dos dados do emprego no Reino Unido terem mostrado uma inesperada queda na taxa de desemprego, mesmo com um aumento de pedidos de subsídio de desemprego. O GBP/USD segue a negociar de momento pouco alterado a 1,3070, mas o EUR/GBP segue em mínimos de mais de uma semana a negociar a 0,8340.
O iene japonês, depois de novos mínimos atingidos no primeiro dia da semana, está a começar o dia de hoje a recuperar dos mesmos. O USD/JPY negocia de momento a 149,20 e o EUR/JPY a 162,60, depois dos máximos de ontem a 150,00 e 163,66, respectivamente.
O franco suíço continua a negociar em torno dos mínimos das últimas semanas, com o USD/CHF de momento a negociar a 0,8620 e o EUR/CHF a 0,9400.

Os mercados petrolíferos voltaram ontem a negociar em perdas, depois dos estímulos na China não darem confiança aos investidores de que a procura por parte da China iria melhorar com as suas importações a caírem pelo quinto mês consecutivo e ainda com a OPEP de novo a reduzir as suas perspectivas para o crescimento da procura global de petróleo em 2024 e 2025.
Uma notícia do Washington Post de que Netanyahu terá dito ao governo norte-americano que o alvo da resposta israelita ao Irão não terá como alvo infra-estruturas energéticas, mas antes alvos militares, acelerou a queda do preço do petróleo.
O Brent segue de momento a negociar a $74,50 por barril e o do WTI a $70,90.


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