Café da Manhã
Em queda

Café da Manhã Em queda

Os mercados voltam a negociar em modo de aversão ao risco, antes dos importantes dados do emprego nos Estados Unidos, após dados do ISM manufactureiro desiludir as expectativas.

O ISM manufactureiro recuperou menos do que o estimado, de 46,8 para 47,2, com a queda no componente das novas encomendas e da produção a desiludir (de 47,4 para 46 e de 45,9 para 44,8, respectivamente), e os inventários a aumentarem (44,5 para 50,3), enquanto os preços pagos voltaram a subir e a componente do emprego recuperou de 43,4 para 46. Os números sinalizam um sector manufactureiro a contrair com o emprego a continuar a arrefecer mas a um ritmo menos rápido.

Os mercados accionistas norte-americanos voltaram ontem de um fim-de-semana prolongado, para começarem a semana a negociar em perdas consideráveis. A acção predileta dos mercados, Nvidia, registou uma perda recorde de 9,5%.
Os investidores voltaram-se para os mercados obrigacionistas, num movimento típico de aversão ao risco, enquanto acções e yields caíram e o índice do medo, VIX, disparou cerca de 33%.
O índice Dow Jones caiu 1,51%, o S&P 500 2,12% e o Nasdaq 3,25%, enquanto o Russel 2000 liderou as perdas ao cair 3,30%.

Os mercados accionistas asiáticos seguiram o caminho iniciado por Wall Street, com o sector tecnológico a ser também o mais castigado.
O Japão liderou as perdas, com o índice Nikkei a terminar a sessão a afundar 4,35% e o Topix 3,65%.
Na Austrália, o índice ASX 200 perdeu 1,88% e o Kospi, da Coreia do Sul, 3,15%.
Na China, o índice CSI300 e o Shanghai Composite recuaram 0,63%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong caiu 1,10%.
Na Índia, o índice Nifty 50 segue de momento a perder 0,45%.

O dia está também a começar na Europa com as acções a negociarem em perdas.
O índice Euro Stoxx 600 e o Euro Stoxx 50 seguem de momento a cair um pouco mais de 1%.
Na Alemanha, o índice DAX perde 0,85%, o mesmo que segue a perder o CAC 40, de França.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 cai 0,82% de momento.

O mercado cambial segue impactado com o ressurgimento do sentimento de aversão ao risco.
O dólar, apesar da subida das expectativas de corte de taxas de juro, continua a negociar em torno dos recentes máximos, com o índice DXY a negociar de momento a 101,60 e o EUR/USD a 1,1055.
A libra recua ligeiramente dos recentes ganhos, com o GBP/USD a negociar a 1,3120 e o EUR/GBP a 0,8425.
A beneficiar com este sentimento de aversão ao risco está o iene japonês e o franco suíço. O USD/JPY cai para 145,00 e o EUR/JPY para 160,40, enquanto o USD/CHF negocia a 0,8480 e o EUR/CHF a 0,9380.
Em perdas acentuadas segue a coroa norueguesa, pressionada por um aumento da volatilidade nos mercados financeiros e pelas fortes perdas dos mercados petrolíferos. O USD/NOK segue de momento a 10,72 e o EUR/NOK a 11,85, em máximos das últimas semanas.

Os mercados petrolíferos afundaram durante o dia de ontem, com os preços do WTI a atingirem níveis que não se verificavam desde os primeiros dias deste ano e os do Brent a registarem novos mínimos do ano. A situação na Líbia, os receios de um aumento da oferta em especulações sobre o aumento de produção dos países da OPEP+, em conjunto com os receios de uma procura mais fraca com a actividade manufactureira chinesa e norte-americana a diminuir, pressionaram os preços do petróleo.
Os preços do petróleo continuam hoje a negociar em perdas, registando novos mínimos. O Bent negocia de momento a $73,30 por barril e o WTI segue abaixo de $70 pela primeira vez desde 3 de Janeiro deste ano.


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